quando digo que sim
ele insiste que não
Se bato uma porta
ele abre
se indico uma direção ele diz que não cabe
quase me afogo
peço, imploro ,rogo
mas a onda só aumenta
meu coração- mar revolto-
quase sempre me arrebenta
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11:47
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Não se importe com minha pobreza estampada na cara
Eu não mordo nada além de comida (quando tem)
Não se importe com minha tristeza
Eu não choro para que vejam( não importuno ninguém)
Não se importe com minha falta de etiqueta
Meus maus costumes, nisso não se meta
Não se importe com minha faltas de português
( não nasci pra ser vocês)
Não se importe com nada que te digo
( aqui onde estou nasceram teus inimigos)
Continue olhando só pro seu umbigo
Deixe o pedaço livre
Saia do meu caminho
Que eu quero virar passarinho.
Renálide Carvalho
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19:34
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Arranquei
O que de ti em mim
Fazia vida,
Busquei a porta de não voltar nunca mais,
Dei- me a partida,
Saí-me do que em mim te procurava cada dia mais
E caminhei, penei, trilhei, errei, gritei , corri, morri
E pude enfim,
Depois da dor,
De novo te encontrar, amor.
renálide
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19:33
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Os pássaros
não me acalmam
eles me dão mais vontade de voar.
r.c.
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Tragédia Brazileira
Morte à polícia!
Gritava dona Antonia
Todo dia,
Desde que seu filho foi morto espancado.
Até que a polícia chegou na rua ,
Em dia claro e sem alarde
E deu três tiros na boca de D. Antônia,
Que morreu boquiaberta.
Renálide
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19:31
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Coisa bem triste
é perder uma roupa.
pior ainda ,
quando é veste d'alma.
a que vestia para ir à festa,
e mesmo nua ainda estava à mostra.
Roupa talhada na fôrma do espírito,
que mais vestia quanto mais mostrava.
Que mais despia o dentro do meu ser.
A calma ,a ira ,os sentimentos vários
eram expostos no tecido dela
que foi perdida não se sabe onde
a minha roupa fina e muito interna
agora nua ,propriamente à toa.
Recobro aos pousos, pouco dos sentidos,
de quando tive a minha veste d'alma.
arruinada perdida manchada
Agora fôra,
Por maldita tinta.
Renálide
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19:31
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Quando nada há que fazer
é bastante recobrar
a calma
o instinto alista o proceder
e ensina o poder da alma.
Renálide
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19:30
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Que meu poema seja tão concreto
a ponto da dor mesmo doer
do sangue em ti sangrar
do alvo alvorecer
Que meu poema seja tão constante
que dele falta
todo o mundo sinta
e siga fortemente a minha rima
cantando versos em tons desregrados
que seja o meu poema tão concreto
que mesmo em cima de todo cimento
possa lento e certo
lavar a alma do leitor atento.
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19:30
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Soneto
Tua voz lambeu meus tímpanos,
deixou doce som na alma,
por te ouvir já durmo calma,
com o corpo e a mente leves.
só o olhar ainda me deves,
mas espero ,não me importa,
se chamares, abro a porta,
e logo cedo.
tudo em mim,
que mais quiseres,
dirá sim.
Corpo ,
alma
e o que respiro enfim.
renálide
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19:28
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E o amor ficou frio,
igual ao mês em que ele chegou na Europa.
E voltou todo aquele vazio,
como se houvesse ninguém na copa.
R.C;
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19:27
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19:26
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escrevo,
escrava que sou do verbo.
reverbero palavras,
eu palavro
tu palavras
ele palavra.
e só calo,
quando o calo aperta,
minha alma andaberta.
Renálide
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19:23
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não queria te dizer assim
de forma tão direta ,
assim feito seta que atinge- certeira- o coração.
mas preciso é tirar de dentro aquele nó que- preso - atinge-me a goela
e digo, depois dos pontos:
és um filho da puta,
um imbecil,
minha boca ,que deixaste,
olha pra que te serviu!
Não me serves de nada, és um merda
és escória, sempre me trataste mal.
cara de pau.
monstro.
idiota.
és burro
feito uma porta.
e pouco me importa se irás me deixar,
Não irei pedir desculpas, nem me ajoelhar.
Sei o que fizeste, arreda-te daqui espécie de peste,
digna de epidemia.
tua cara parece a de cutia
tenha piedade,
tenha dó,
um pouco de consciência só.
Vá morar noutra cidade,
Em Piedade, Caxangá
Quem sabe Belém do Pará?
Mas não, meu país não te merece.
Por que não pede extradição?
desnaturalize-se, saia da órbita
cometa um auto crime
vá morar no espaço,
vire E.t.
Arranje o que fazer.
seu canalha
pegue toda sua roupa suja,
sua tralha,e saia
se jogue na Maré
Sem você sou mais mulher.
Renálide Carvalho.
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20:41
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vermelho sangrando
no peito.
ancestral dor perpétua que mata e mata e mata,
desde quando muito aos poucos enforca,
entorta a alma, apavora, dá tristeza, enlouquece, envenena, desespera, aborrece, magoa, enjoa, nauseia,
essa dor perpétua
na veia
vagueia e treme e teima em não me deixar.
Renálide Carvalho
Hoje fui vestir minha alma,
vesti-a ao contrário novamente.
Meu Deus, como sou demente!
Porém, ao sair na rua,
que coisa mais esquisita!
disseram, com espanto e festa
que minha alma estava mais bonita.
Renálide Carvalho
Teus olhos
vestidos de verde
Teus olhos
reverberam luz
Teus olhos
que só assim em vê-los
parecem nus.
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15:24
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Ela veio e o levou
Mande ela voltar depois
O mundo precisa ainda
de Mande ela não vir nunca mais
o mundo precisa ainda de ...Mande ela....
O mundo Precisa de Mandela.
R.C.
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15:22
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Teus olhos
vestidos de verde
Teus olhos
reverberam luz
Teus olhos
que só assim em vê-los
parecem nus.
Renálide Carvalho
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15:21
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Penso fazer texto de gosto agradável
que seja um tanto tragável
mas não tanto
que se queira logo
ver o ponto
nem tão pouco
que se fique tonto.
Renálide Carvalho
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15:21
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os olhos
arredondados de amêndoa de minha triste e só e perdidamente adjetivada amiga trouxeram-me reminiscências de quando ainda éramos infantes.
Sem ter nem pra quê, descuidei-me novamente de meus cachos
e fiz de novo soprar a vela do bolo felizmente familiar daquele domingo de um agosto infinitamente saboroso, do gosto que deu de ver aqueles olhinhos brilhantes e ternos e infinitamente adjetivados de minha triste e só amiga de olhos amendoados que era eu.
Texto em construção
R.C.
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15:21
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desse vazio que me inunda
tudo e tanto e brevemente
desfiro o meu golpe que certeiro
só tem de alvo teu coração.
r.C.
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15:20
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Procurando a beleza desse mundo torpe
em meio às pérolas jogadas aos porcos
nesse inferno de labaredas azuis
chamando por deuses e diabos e deusas e anjos e gnomos e fadas e bruxas e feiticeiras e padres e pastores e xamãs e caciques e pajés e pais de santos dos candomblés
tendo mais de uma overdose diária de nojo
ressuscitando sem ajuda de aparelho, nem de um puto de um médico de cuba, nem do brasil, nem da puta que pariu...
vendo gente morrer, chorar, criança sem casa , nem comida, nem amor, nem um monte de outras infinitas necessidades, e o governo rindo da nossa cara e o povo na letargia e agonia e essa falta de saída, e esse beco, e essa fossa, e essa caça de algum dia, em algum lugar encontrar a egoísta e individual e egocêntrica e privada felicidade burguesa.
R.C.
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15:20
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momento de extrema lucidez essa noite: luzes, pessoas, vestidos, sorrisos, sensualidades, revoltas pequenas de meu corpo interno. contra tudo, contra todos, contra o que me contradiga e contra o que me afirma, acima de tudo, acima da lei, eu e meu(s) (d) eus.
R.C.
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15:19
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tomou um copo de cigarro
e bebeu um maço de cerveja
depois se deitou no teto
a contemplar o chão de estrelas.
R. C.
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15:18
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VOCÊ ,que me olha assim de lado
você, que a me desprezar,
pensa ser sincero,
Olhe, você está bem errado
pra você todo o desprezo é pouco
não te prezo, nem desejo,nem te quero
não te aguardo, não vou te esperar
para mim você só traz AZAR.
Renálide Carvalho
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15:18
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num vaivém , em vários ângulos,
rouba a atenção das crianças que , boquiabertas ,
passam o tempo na palestra,
o móbile no computador.
Lembrando a todo adulto chato
que a diversao pode aplacar a dor.
Renálide Carvalho
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23:47
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09:43
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A tua mudança
Refletirá em outra pessoa.
Não mais eu beijarei teus olhos,
comerei teu corpo.
Fico aqui, como deixaste,
em meu leito, solitária,
de luto.
Até que de ti
não veja mais nem o vulto.
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às
15:45
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O amor deu um nó na minha garganta
A calma deu um nó nas minhas tripas
A alegria deu um nó na minha alma
O espanto deu um nó no meu cérebro
O ódio deu um nó nas minhas veias
A fome deu um nó no meu estômago
O frio deu um nó na minha pele
O adeus deu um nó nas minhas mãos
A vergonha deu um nó nas minhas pernas
A tristeza deu um nó no meu peito
O tempo deu um nó nos meus olhos
O vento deu um nó nos meus cabelos
O sonho deu um nó no meu futuro
A guerra deu um nó na minha paz
A mentira deu um nó na minha verdade
agora, enlaçada, amordaçada,
passo os dias tentando
desfazer
os
nós.
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15:44
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NÃO PENSAR EM NADA
ANSEIO ANCESTRAL
SOLTAR-SE DA ANGÚSTIA
DO MOVIMENTO CEREBRAL
NÃO PENSAR EM NADA
MEDITAÇÃO DE ZEN
VIVER A PLENITUDE
VOLTAR-SE PARA O BEM
NÃO PENSAR EM NADA
VIVER SOMENTE AGORA
NA IMENSA INFINITUDE
DEIXAR O SER QUE AFLORA
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15:43
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Sim,
confesso,
sou poeta!
em toda manhã que nasce
me nasce uma folha de alface
na face.
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15:43
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O espelho ,
Transparência obscura,
Vê da criatura
A alma.
A alma,
Obscura transparência,
Vê da criatura
O espelho.
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15:42
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Amar o amor,
desejar o desejo,
eis a faca e o pão,
o doce e o queijo.
Renálide Carvalho
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15:42
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Sonho de Poeta
a indústria de poesia
quer lançar a todo custo
um poema a cada dia.
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15:41
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Só vendo o fiapinho de vida que restou
naquele dia que bateste a porta de vez
fiquei verde fiquei roxa fiquei amarela,
sem nenhum exagero, sem nenhuma querela,
quase perdi a sensatez.
mas te digo, definitivamente,rapaz
mas te digo como se diz a um amigo:
Isso não se faz, porque dói
Porque dói demais.
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15:40
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pardais pousam
nos fios elétricos da minha alma,
eu fico sem calma,
eu quero voar.
renálide carvalho
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15:38
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