31.10.06

Soneto que espera

Eu esperava mesmo era um amor que me batesse leve
Ruído de folha roçando no lábio
Eu esperava o riso de raios abertos
Sol de indecência queimando a manhã

Era amor o que eu procurava
Tropeço, acaso, laço da sorte
Pingo gelado na nuca
Face celada de cor

Eu esperava mesmo um amor
Assim amora
Assim triste

Amor que me nutrisse, eu sedento
Que, eu tormento, fosse calma
Amor que viesse d’alma.


Renálide de Carvalho Morais

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