Eita ,Lau, lembras daquela história de Renálide Ducaralho? Pois é . Estive com um amigo poeta de Campina Grande, Alexandre Santos Lima, através do msn, hoje à noite, dia dois de janeiro de dois mil e oito. Estávamos conversando sobre amor e caralho e eu propus um desafio: fazermos um soneto que versasse sobre esse tema, afinal de contas amor e caralho são sinônimos. Saíram dois poemas. O primeiro de autoria de Alexandre e o segundo de minha ria auto, ria! Vinte minutos de brincadeira, dois de reza e a musa topa. Tentativa de falar na voz de hoje uma forma que começou com os italianos há tempos atrás e foi imortalizada por Shakespeare e Camões. Seguem dois sonetos sobre um mesmo mote. Dois poetas sobre um mesmo norte (de s)ol da pes(te). E a lembrança que esse tema me traz de você. E de novo escrever com o querido Alexandre, que me ensinou a fazer um blogue e com quem mantenho boas risadas e confidências. Para os leitores,com amor, porém, sem caralho , dada minha condição feminina. Ai que inveja hein freud? kkkkadê bocage e gregório de matos nessas horas?
O "Eu-Sátiro"
Existia no meio literário
Um discreto e comedido poeta
Que se mostrava a todos partidário
Dos bons luares e boas serestas
No seu verso mirradinho, no entanto,
Embora saltassem ninfas aos montes,
Havia naquele preciso instante
Um abissal oceano de prantos.
Nunca confundira alho e bugalho
E a verve só funcionava correta
Se houvesse amor no peito do poeta
E o amor se traduzia ora em versos
De justa métrica e cândida seta
Ora em esporro de rijo caralho.
Alexandre Santos Lima, A.
De amor e de caralho
Despir o amor num soneto apaixonado,
Pingar todo pranto em papel branco ,
Do amor ser o ser mais desvelado,
Qual a flor que se abre para o pranto.
Se eu cheguei e você abriu um alho,
Como quem, de mau olhado, quer fugir,
Eu não ligo, meu amor, pois teu caralho
É de todos o que quero mais sentir.
Sentir mesmo o calor desgovernado,
de teu membro se enfiando a pulsar,
Como o pulso encostado ao polegar .
Esse o tema de amor que me compraz:
viver sempre agarrada a um rapaz
que agora já não sei por onde vai .
Renálide de Carvalho
Peleja entre Renálide Carvalho e Alexandre Santos Lima: Dois sonetos sobre o mesmo mote.
Retirado de Bocage o Desbocado, Bocage o Desbancado com comentário de Glauco Mattoso
[SONETO DO MEMBRO MONSTRUOSO]
Esse disforme, e rígido porraz
Do semblante me faz perder a cor:
E assombrado d'espanto, e de terror
Dar mais de cinco passos para trás:
A espada do membrudo Ferrabrás
De certo não metia mais horror:
Esse membro é capaz até de pôr
A amotinada Europa toda em paz.
Creio que nas fodais recreações
Não te hão de a rija máquina sofrer
Os mais corridos, sórdidos cações:
De Vênus não desfrutas o prazer:
Que esse monstro, que alojas nos calções,
É porra de mostrar, não de foder.
Poetas para os que querem!!!
O "Eu-Sátiro"
Existia no meio literário
Um discreto e comedido poeta
Que se mostrava a todos partidário
Dos bons luares e boas serestas
No seu verso mirradinho, no entanto,
Embora saltassem ninfas aos montes,
Havia naquele preciso instante
Um abissal oceano de prantos.
Nunca confundira alho e bugalho
E a verve só funcionava correta
Se houvesse amor no peito do poeta
E o amor se traduzia ora em versos
De justa métrica e cândida seta
Ora em esporro de rijo caralho.
Alexandre Santos Lima, A.
De amor e de caralho
Despir o amor num soneto apaixonado,
Pingar todo pranto em papel branco ,
Do amor ser o ser mais desvelado,
Qual a flor que se abre para o pranto.
Se eu cheguei e você abriu um alho,
Como quem, de mau olhado, quer fugir,
Eu não ligo, meu amor, pois teu caralho
É de todos o que quero mais sentir.
Sentir mesmo o calor desgovernado,
de teu membro se enfiando a pulsar,
Como o pulso encostado ao polegar .
Esse o tema de amor que me compraz:
viver sempre agarrada a um rapaz
que agora já não sei por onde vai .
Renálide de Carvalho
Peleja entre Renálide Carvalho e Alexandre Santos Lima: Dois sonetos sobre o mesmo mote.
Retirado de Bocage o Desbocado, Bocage o Desbancado com comentário de Glauco Mattoso
[SONETO DO MEMBRO MONSTRUOSO]
Esse disforme, e rígido porraz
Do semblante me faz perder a cor:
E assombrado d'espanto, e de terror
Dar mais de cinco passos para trás:
A espada do membrudo Ferrabrás
De certo não metia mais horror:
Esse membro é capaz até de pôr
A amotinada Europa toda em paz.
Creio que nas fodais recreações
Não te hão de a rija máquina sofrer
Os mais corridos, sórdidos cações:
De Vênus não desfrutas o prazer:
Que esse monstro, que alojas nos calções,
É porra de mostrar, não de foder.
Poetas para os que querem!!!
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