28.8.12

Meus E(r)ros

Meus erros impregnando meu cérebro,
por medo do julgamento eterno.
Polícia natural das entranhas,
que pune mais
que sem piedade
desagrega meu coração,
a minha memória, vinga todos os  meus inimigos
pocilga de mente que mente
só de ouvir aquele teu "Realmente"
murchei feito pétala de rosa dormente.

Meus erros milenares afogam as mágoas de mil vidas antes da minha
regozijam-se por não serem iguais a mim,
por tomarem um gole de vinho tinto,
e não pensarem o que penso
e não sentirem o que sinto
e não agirem como ajo
o amargo do malte desadocicou minha alma
por isso, tantas vezes, fico sem calma,
minha emoção despejo,
de mim mesma pego nojo,
assim freneticamente ajo, reajo.

Dos vinte e cinco amigos que tive
do resto que ficou: Zero.
Reitero meus erros impregnando meu cérebro,
quando te quero mais do que tudo ,vida
quando desespero ao ver tua partida.
e exagero e me sinto perdida
no labirinto de meu pensamento
sem fio de Ariadne,
sem Deus, sem Zeus, sem Zaqueu, sem Filisteu.
e quando de meu ego fujo, cujo transtorno me contrai as tripas,
lambo sozinha as feridas, os cortes das facas da noite.

Ao me reencontrar comigo, meus erros viram museus
de portas abertas ao público
meus erros me olham do espelho do olho da carne da dor
meus erros me fitam de dentro
de fora os amantes apontam
e tornam a empurrar os dedos nas feridas dos cortes das facas da noite
Até que o sol aparece para aquecer a ferida
e a chuva de uma queda sofrida
aponta o caminho do alívio.


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