6.12.06

Poema para o meu amor

Quando se tem pouco a dizer e muito se sente , desgata o corpo e o coração da gente.
Difícil querer-se inteiro, essência , plenitude , verdadeiro.
Ser bosta de cavalo, ressaca de pó, ser só, somente e ponto.
Atomizado, indistintamente homogeneizado.
Querer o profundo e só achar o rasteiro
Presidente americano
Poluição ambiental
Máscara social e tal e tal e tal
Que tal, meu amor,viajarmos no natal?
Tomei um gosto infernal por rimais banais
Ah,meu amor, ando tão mal.
Ando soltando gases fedorentos dentro do ônibus.
Ops, desculpe,meu amor,esqueci que queria uma poesia limpa.
Que merda, caguei na poesia !

Ai, Nitchi,esqueci como se escreve seu nome.
Ai, N itchi,não alcancei a alegria.
Comprei um porquinho kitsch, não era da Índia.
Ai, meu amor,odeio tocar . . . meu amor, odeio ter que censurar minha poesia.
Mas. . . Preciso, meu amor, preciso disso todo dia.
Está vendo ? Rimei de novo !
Ai,meu amor,costumo andar tão devagar
Tão elegante
Tomei um chá esses dias que, cá para nós
Prosaica demais, prosaica demais.
Será que a contingência atual
faz meus versos assim tão maus
Ontem, tentei um em françês. Será que ficou legal, meu amor? Je ne sais pas.
Ontem pensei nas crianças com fome.
Hoje pensei só em mim e no que virá depois daqui, sabe.
Cá pra nós: a morte me parece interessante.

1 comentário:

Anónimo disse...

Preciso te contar do quanto que me inspiras mujer....
Xero em ti!