16.12.06

na mesa de bar com ícaro ...

Renálide e Ícaro voando pelas estreitas arvoradas ruas de João Pessoa

A cálida mão de minha mãe
enforcando as tripas da minha solidão
pescoço e estômago delgados de
tanta dor
desmanchando o útero veneno

minha sonata de silêncio
solar solar solava
a minha mãe voz aguda de cristal
soluçando num pânico magistral, resfolegando
auroras penduradas nos lóbulos que emprestam
tom ao amnhecer...
de luas que inauguram o céu
meu corpo reerguendo carvalhos num lutode
fênix: o grito vermelho infinito, melodia das três horas. . .
a aurora anunciando o grito
do parto!
Partamos agora pro cio estrelado. . .

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